O Sinab (Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil) é contra qualquer mudança que possa prejudicar os mais de 36 milhões de brasileiros beneficiários da aposentadoria e do BPC (Benefício de Prestação Continuada). Nesta semana foi noticiado na imprensa que o Governo Federal pretende alterar a regra de correção do salário mínimo e das aposentadorias.
A proposta do ministro da economia Paulo Guedes, caso o atual presidente consiga a reeleição, é criar uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que mude o atual regramento, ao propor que a correção da salário mínimo e dos benefícios previdenciários passaria a considerar a inflação projetada para o ano corrente, em vez de ficar vinculada à inflação do ano anterior.
A tal mudança apresenta um único derrotado, o povo brasileiro, para José Avelino, o Chinelo, presidente do Sinab. “É inadmissível que em plena recessão, com a inflação nas alturas, perda da renda da maioria dos trabalhadores, o governo venha propor uma alteração que faça os aposentados e pensionistas perderem renda. Não podemos e não vamos aceitar essa mudança que visa empobrecer ainda mais os nosso povo. O Sinab é veemente contra essa tal medida”, completa Avelino.
Os planos de Guedes sobre a revogação da regra vigente de reajuste do salário mínimo, que determina a correção pela inflação, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior, é antiga. Para ter uma ideia, esse corte possibilitaria um corte de quase R$ 100 bilhões no orçamento do governo e tiraria toda essa verba da economia brasileira. “O governo precisa obedecer a Constituição e propor novos benefícios para os nossos aposentados, como por exemplo, uma renda melhor para todos, isso automaticamente traria desenvolvimento e menos desigualdade social”, conclui o presidente do Sinal, José Avelino.