Aposentados do INSS vão receber R$ 1,6 bilhão em atrasados da Justiça

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Valores vão pagar segurados que ganharam ações de até R$ 72.720

Os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que processaram o instituto e ganharam o direito a concessão ou revisão do benefício previdenciário ou assistencial vão receber R$ 1,6 bilhão em atrasados de até 60 salários mínimos (R$ 72.720) da Justiça Federal neste mês.

O valor foi liberado pelo CJF (Conselho da Justiça Federal) nesta segunda-feira (20) aos TRFs (Tribunais Regionais Federais) para pagar 102.404 beneficiários que venceram 79.072 processos contra o INSS e tiveram a ordem de pagamento do juiz emitida no mês de maio.

A data de pagamento ao segurado ou seu advogado depende de cada tribunal. Em geral, os valores caem na conta entre o final do mês de liberação do dinheiro pelo CJF e o início do outro mês. No caso dos processos autuados em maio, o dinheiro será pago até o fim de junho ou início de julho.

O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que atende os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, informou que, após o repasse dos valores pelo CJF, o setor responsável pelo pagamento das RPVs já começou a processar as informações, procedimento que leva, em média, sete dias para ser finalizado.

Quando o processo for encerrado, será realizada a abertura das contas e os sistemas estarão atualizados com as informações dos valores, diz nota do órgão.

O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), que atende Rio de Janeiro e Espírito Santo, afirmou que a previsão é de pagar os valores até o quinto dia útil de agosto. “A praxe é que o dinheiro seja depositado no mês seguinte ao da liberação (no caso, julho) e esteja disponível para saque a partir do quinto dia útil do mês subsequente ao do depósito (no caso, agosto)”, informa em nota.

O TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), que atende Distrito Federal e estados do Centro-oeste e do Norte, informou, em ocasião anterior, que geralmente a requisição autuada em um mês é depositada no final do mês seguinte. Com isso, a previsão é pagar ainda no final de junho.

O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que atende os estados do Sul, deverá divulgar as datas de pagamento no final desta semana. O TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região), que atende estados do Nordeste, não respondeu.

QUEM TEM DIREITO AOS ATRASADOS?

Tem direito aos atrasados os segurados que processaram o INSS e ganharam a ação, e cuja data da ordem de pagamento do juiz —chamada de autuação— seja algum dia do mês de maio. É preciso que o processo seja de até 60 salários mínimos, chamado de RPV (Requisição de Pequeno Valor), o que dá R$ 72.720 neste ano.

Para receber, no entanto, ação tem que ter chegado totalmente ao final, sem nenhuma possibilidade de recurso por parte do INSS.

As RPVs a serem pagas são referentes à concessão ou revisão de:

  • Aposentadorias
  • Pensões por morte
  • Auxílios
  • BPC (Benefício de Prestação Continuada)

Ao todo, o CJF liberou R$ 1,9 bilhão para pagar as RPVs autuadas em maio para um total de 175.560 beneficiários que ganharam 142.834 processos. Além dos atrasados previdenciários e assistenciais, há ainda verba para as demais RPVs alimentares de servidores que ganharam processos contra a União, suas empresas e suas autarquias.

COMO SABER SE VOU RECEBER?

A consulta para saber se terá os valores pode ser feita no site do TRF da região onde o processo foi analisado. Também é possível obter informações com o advogado da causa. Em geral, ações de até 60 salários mínimos não precisam de advogado para serem propostas.

No TRF-3, o site para consulta é trf3.jus.br. É possível saber informações por número do processo, pelo número da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do advogado ou pelo CPF do segurado.

Para saber se vai receber neste lote, é preciso observar as datas. São pagas no final de junho até o início de julho as RPVs cuja “Data protocolo TRF” seja algum dia de maio de 2022.

Após o pagamento, aparecerá “pago total ao juízo”. O dinheiro cairá na conta aberta pelo tribunal no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.

Fonte: Folha de S. Paulo

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