Nova variante pode causar quadros menos graves em idosos, aponta estudo americano

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A variante Ômicron está espalhando no mundo numa velocidade assustadora, mas cientistas americanos indicam que idosos infectados pela Ômicron também podem desenvolver quadros menos graves da doença em comparação com infecções pela variante Delta. 

estudo, disponibilizado no Medrxiv, ainda não foi revisado por pares.

Os pesquisadores analisaram dados de pacientes de serviços de saúde dos EUA, observando aspectos que podem sinalizar a gravidade do quadro, desde a procura por um serviço de emergência médica, passando pela hospitalização e até a necessidade de internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de ventilação mecânica. 

Os dados examinados eram referentes a diferentes períodos: quando a variante Delta era a responsável pela maioria dos casos e, depois, quando a Ômicron surgiu e passou a ser a cepa predominante.

Os dados demonstraram que os casos registrados durante o período de predomínio da Ômicron tiveram desdobramentos menos graves do que aqueles que ocorreram durante o período em que a Delta prevalecia. 

A pesquisa não esclarece, entretanto, se esse menor risco se deve às características da variante ou se está relacionado à vacinação.

O índice de hospitalizações durante o período da Ômicron, por exemplo, correspondeu a menos da metade da porcentagem de internações durante o período da Delta. Foram analisados apenas casos de primeira infecção pelo SARS-CoV-2.

Para verificar se os resultados se aplicavam também à população idosa, os cientistas analisaram os dados referentes às pessoas com mais de 65 anos. 

Nesse caso, avaliaram apenas a busca por serviços de emergência médica e as hospitalizações, uma vez que os casos de internação em UTI e ventilação mecânica representavam um tamanho de amostra insuficiente para a pesquisa. 

Eles descobriram, então, que assim como nas demais faixas etárias, houve uma diminuição da busca por emergência e hospitalização de pessoas com mais de 65 anos no período de prevalência da Ômicron.

O estudo ainda propôs uma comparação entre dois períodos distintos, ambos de predomínio da Delta, e identificou que não houve diminuição de casos graves entre um e outro. 

A observação indica que a redução de casos graves de Covid-19 no período de prevalência da Ômicron pode estar, de fato, relacionada ao menor risco que a variante pode representar, inclusive para os idosos. 

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